Blog Voltado para a Arte da Literatura e principalmente para as obras majestosas de Gonçalves Dias trabalho de Literatura do Colégio Dom Bosco coordenado pela professora Vera Cézar Alunos:Adoaldo Mattos,Ana Caroliny,Brunna Brito,Maria Gabriella,Thamires Sobral,Lohannya Alves,Fernanda Medeiros.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Cronologia
Julgamento crítico
"Os primeiros cantos são um belo livro; são inspirações de um grande poeta. A terra de Santa Cruz, que já conta outros no seu seio, pode abençoar mais um ilustre filho. O autor, não o conhecemos; mas deve ser muito jovem. Tem os defeitos do escritos ainda pouco amestrado pela experiência: imperfeições de língua, de metrificação, de estilo. Que importa? O tempo apagará essas máculas, e ficarão as nobres inspirações estampadas nas páginas deste formoso livro.
Abstenho-me de outras citações, que ocupariam demasiado espaço, não posso resistir à tentação de transcrever das Poesias Diversas uma das mais mimosas composições líricas que tenho lido na minha vida. (Aqui vinha transcrita a poesia Seus Olhos.) Se estas poucas linhas, escritas de abundância de coração, passarem, os mares, receba o autor dos Primeiros Cantos testemunho sincero de simpatia, que não costuma nem dirigir aos outros elogios encomendados nem pedi-los para si" ("Futuro Literário de Portugal e do Brasil" em Revista Universal Lisbonense, t.7,pág. 7 ano de 1847-1848)
"Gonçalves Dias é o poeta nacional por excelência: ninguém lhe disputa na opulência da imaginação, no fino lavor do verso, no conhecimento da natureza brasileira e dos seus costumes selvagens" (Iracema)
"Depois de escrita a revista, chegou a notícia da morte de Gonçalves Dias, o grande poeta dos Cantos e dos Timbiras. A poesia nacional cobre-se, portanto, de luto. Era Gonçalves Dias o seu mais prezado filho, aquele que de mais louçania a cobriu. Morreu no mar-túmulo imenso para talento. Só me resta espaço para aplaudir a ideia que se vai realizar na capital do ilustre poeta. Não é um monumento para Maranhão, é um monumento para o Brasil. A nação inteira deve concorrer para ele. (Crônicas em Diário do Rio de Janeiro, de 9 de novembro de 1894.)
Abstenho-me de outras citações, que ocupariam demasiado espaço, não posso resistir à tentação de transcrever das Poesias Diversas uma das mais mimosas composições líricas que tenho lido na minha vida. (Aqui vinha transcrita a poesia Seus Olhos.) Se estas poucas linhas, escritas de abundância de coração, passarem, os mares, receba o autor dos Primeiros Cantos testemunho sincero de simpatia, que não costuma nem dirigir aos outros elogios encomendados nem pedi-los para si" ("Futuro Literário de Portugal e do Brasil" em Revista Universal Lisbonense, t.7,pág. 7 ano de 1847-1848)
"Gonçalves Dias é o poeta nacional por excelência: ninguém lhe disputa na opulência da imaginação, no fino lavor do verso, no conhecimento da natureza brasileira e dos seus costumes selvagens" (Iracema)
"Depois de escrita a revista, chegou a notícia da morte de Gonçalves Dias, o grande poeta dos Cantos e dos Timbiras. A poesia nacional cobre-se, portanto, de luto. Era Gonçalves Dias o seu mais prezado filho, aquele que de mais louçania a cobriu. Morreu no mar-túmulo imenso para talento. Só me resta espaço para aplaudir a ideia que se vai realizar na capital do ilustre poeta. Não é um monumento para Maranhão, é um monumento para o Brasil. A nação inteira deve concorrer para ele. (Crônicas em Diário do Rio de Janeiro, de 9 de novembro de 1894.)
O grande amor: Ana Amélia
Por ocasião da elaboração da antologia poética da fase romântica, elaborada por Manuel Bandeira, Onestaldo de Pennafort gentilmente escreveu a nota que segue, retirada daquela obra e aqui transcrita:
" A poesia "Ainda uma vez --adeus,--" bem como as poesias "Palinódia e "Retratação" -- foram inspiradas por Ana Amélia Ferreira do Vale, cunhada do Dr. Teófilo Leal, ex-condiscípulo do poeta em Portugal e seu grande amigo.
" Gonçalves Dias viu-a pela primeira vez em 1846 no Maranhão. Era uma menina quase, e o poeta, fascinado pela sua beleza e graça juvenil, escreveu para ela as poesias "Seus olhos" e "Leviana". Vindo para o Rio, é possível que essa primeira impressão tenha desaparecido do seu espírito. Mais tarde, porém, em 1851, voltando a S. Luís, viu-a de novo, e já então a menina e moça de 46 se fizera mulher, no pleno esplendor da sua beleza desabrochada. O encantamento de outrora se transformou em paixão ardente, e, correspondido com a mesma intensidade de sentimento, o poeta, vencendo a timidez, pediu-a em casamento à família.
" A família da linda Don`Ana -- como lhe chamavam -- tinha o poeta em grande estima e admiração. Mais forte, porém, do que tudo era naquele tempo no Maranhão o preconceito de raça e casta. E foi em nome desse preconceito que a família recusou o seu consentimento.
" Por seu lado o poeta, colocado diante das duas alternativas: renunciar ao amor ou à amizade, preferiu sacrificar aquela a esta, levado por um excessivo escrúpulo de honradez e lealdade, que revela nos mínimos atos de sua vida. Partiu para Portugal. Renúncia tanto mais dolorosa e difícil por que a moça que estava resolvida a abandonar a casa paterna para fugir com ele, o exprobrou em carta, dura e amargamente, por não ter tido a coragem de passar por cima de tudo e de romper com todos para desposá-la!
" E foi em Portugal, tempos depois, que recebeu outro rude golpe: Don`Ana, por capricho e acinte à família, casara-se com um comerciante, homem também de cor como o poeta e nas mesmas condições inferiores de nascimento. A família se opusera tenazmente ao casamento, mas desta vez o pretendente, sem medir considerações para com os parentes da noiva, recorreu à justiça, que lhe deu ganho de causa, por ser maior a moça. Um mês depois falia, partindo com a esposa para Lisboa, onde o casal chegou a passar até privações.
" Foi aí, em Lisboa, num jardim público, que certa vez se defrontaram o poeta e a sua amada, ambos abatidos pela dor e pela desilusão de suas vidas, ele cruelmente arrependido de não ter ousado tudo, de ter renunciado àquela que com uma só palavra sua se lhe entregaria para sempre. desvairado pelo encontro, que lhe reabrira as feridas e agora de modo irreparável, compôs de um jato as estrofes de "Ainda uma vez -- adeus --" as quais, uma vez conhecidas da sua inspiradora, foram por esta copiadas com o seu próprio sangue."
" A poesia "Ainda uma vez --adeus,--" bem como as poesias "Palinódia e "Retratação" -- foram inspiradas por Ana Amélia Ferreira do Vale, cunhada do Dr. Teófilo Leal, ex-condiscípulo do poeta em Portugal e seu grande amigo.
" Gonçalves Dias viu-a pela primeira vez em 1846 no Maranhão. Era uma menina quase, e o poeta, fascinado pela sua beleza e graça juvenil, escreveu para ela as poesias "Seus olhos" e "Leviana". Vindo para o Rio, é possível que essa primeira impressão tenha desaparecido do seu espírito. Mais tarde, porém, em 1851, voltando a S. Luís, viu-a de novo, e já então a menina e moça de 46 se fizera mulher, no pleno esplendor da sua beleza desabrochada. O encantamento de outrora se transformou em paixão ardente, e, correspondido com a mesma intensidade de sentimento, o poeta, vencendo a timidez, pediu-a em casamento à família.
" A família da linda Don`Ana -- como lhe chamavam -- tinha o poeta em grande estima e admiração. Mais forte, porém, do que tudo era naquele tempo no Maranhão o preconceito de raça e casta. E foi em nome desse preconceito que a família recusou o seu consentimento.
" Por seu lado o poeta, colocado diante das duas alternativas: renunciar ao amor ou à amizade, preferiu sacrificar aquela a esta, levado por um excessivo escrúpulo de honradez e lealdade, que revela nos mínimos atos de sua vida. Partiu para Portugal. Renúncia tanto mais dolorosa e difícil por que a moça que estava resolvida a abandonar a casa paterna para fugir com ele, o exprobrou em carta, dura e amargamente, por não ter tido a coragem de passar por cima de tudo e de romper com todos para desposá-la!
" E foi em Portugal, tempos depois, que recebeu outro rude golpe: Don`Ana, por capricho e acinte à família, casara-se com um comerciante, homem também de cor como o poeta e nas mesmas condições inferiores de nascimento. A família se opusera tenazmente ao casamento, mas desta vez o pretendente, sem medir considerações para com os parentes da noiva, recorreu à justiça, que lhe deu ganho de causa, por ser maior a moça. Um mês depois falia, partindo com a esposa para Lisboa, onde o casal chegou a passar até privações.
" Foi aí, em Lisboa, num jardim público, que certa vez se defrontaram o poeta e a sua amada, ambos abatidos pela dor e pela desilusão de suas vidas, ele cruelmente arrependido de não ter ousado tudo, de ter renunciado àquela que com uma só palavra sua se lhe entregaria para sempre. desvairado pelo encontro, que lhe reabrira as feridas e agora de modo irreparável, compôs de um jato as estrofes de "Ainda uma vez -- adeus --" as quais, uma vez conhecidas da sua inspiradora, foram por esta copiadas com o seu próprio sangue."
Dicas de Livros
Indicações de Livros
- A Menina que roubava livros
- Marley e Eu
- O Segredo
- O Caçador de Pipas
- Casais Inteligentes enriquecem juntos
- 1808
- Comer, Rezar, Amar
- Bem-vindo à bolsa de valores
- A Cidade do Sol
- 1000 lugares para conhecer antes de morrer
- Vale Tudo
- A doçura do mundo
- O Monge e o Executivo
- A Lei da atração
- O Guardião de Memórias
Rihanna Only Girl
Tradução
La la la la
La la la la
La la la la
[VERSO 1]
Eu quero que você me ama, como eu sou um cara quente
Mantenha pensando em mim, fazendo o que gosta
Então garoto esquecer o mundo porque ele é gon 'ser eu e você hoje à noite
Eu quero fazer a sua cama para você, em seguida, imma fazer você engolir o seu orgulho
[REFRÃO]
Quero que você me faz sentir como se eu fosse a única menina no mundo
Como eu sou o único que você vai amar
Como eu sou o único que conhece o seu coração
Apenas garota no mundo ...
Como eu sou o único que está no comando
Porque eu sou o único que sabe como fazer você se sentir como um homem
Quero que você me faz sentir como se eu fosse a única menina no mundo
Como eu sou o único que você vai amar
Como eu sou o único que conhece o seu coração
Apenas um ...
[VERSO 2]
Quero que você me leve como um ladrão na noite
Segure-me como um travesseiro, me faz sentir bem
Baby, eu vou te dizer todos os meus segredos que eu estou mantendo, você pode vir para dentro
E quando você entra, você não está indo embora, o meu prisioneiro para a noite
[REFRÃO]
Quero que você me faz sentir como se eu fosse a única menina no mundo
Como eu sou o único que você vai amar
Como eu sou o único que conhece o seu coração
Apenas garota no mundo ...
Como eu sou o único que está no comando
Porque eu sou o único que entende
Como eu sou o único que conhece o seu coração
Apenas um ...
[PONTE]
Leve-me para um passeio
Oh baby, me leve alta
Deixe-me fazer-lhe primeiro
Oh fazer isso durar a noite toda
Leve-me para um passeio
Oh baby, me leve alta
Deixe-me fazer-lhe primeiro
Faça isso durar a noite toda
[REFRÃO]
Quero que você me faz sentir como se eu fosse a única menina no mundo
Como eu sou o único que você vai amar
Como eu sou o único que conhece o seu coração
Apenas garota no mundo ...
Como eu sou o único que está no comando
Porque eu sou o único que sabe como fazer você se sentir como um homem
Apenas garota no mundo ...
Menina no mundo ...
Apenas garota no mundo ...
Menina no mundo ...
Katy Perry Firework
Tradução
Você já se sentiu como um saco de plástico
Drifting pensei que o vento
Querendo começar de novo ...
Você já se sentiu, me sinto tão papel fino
Como um castelo de cartas
Um golpe de escavar dentro ..
Você já se sentiu já enterrado
Six Feet Under grito
Mas ninguém parece ouvir uma coisa ...
Você sabe que não há
Ainda uma chance para você
Porque há uma faísca em você ...
Você só tem que acender a luz
E deixe brilhar
Apenas a própria noite
Como o quarto de julho ...
Porque baby, você é um fogo de artifício
Venha e mostre a eles o que vale o seu
Faça-me ir "Oh, oh, oh!"
Quando você atira no céu aa ...
Baby, você é um fogo de artifício
Venha e deixe suas cores explosão
Faça-me ir "Oh, oh, oh!"
Você vai deixar 'caindo em'
Down-próprio-próprio ...
Você não tem que sentir como um desperdício de espaço
Você é original, não pode ser substituído
Se você soubesse o que o futuro
Depois de um furacão vem um arco-íris ...
Talvez você tenha razão
Todas as portas estão fechadas
Então você pode abrir um que leva
É perfeito para a estrada
Como um raio, seu coração vai explodir
E quando chegar a hora, você vai saber ...
Você só tem que acender a luz
E deixe brilhar
Apenas a própria noite
Como o quarto de julho ...
Porque baby, você é um fogo de artifício
Venha e mostre a eles o que vale o seu
Faça-me ir "Oh, oh, oh!"
Quando você atira no céu aa ...
Baby, você é um fogo de artifício
Venha SLET suas cores explosão
Faça-me ir "Oh, oh, oh!"
Você vai me deixar 'caindo em'
Down própria própria
Boom, boom, boom
Ainda mais brilhante que a lua, lua, lua
É sempre esteve dentro de você, você, você
E agora é hora de deixá-lo passar ...
Porque baby, você é um fogo de artifício
Venha e mostre a eles o que vale o seu
Faça-me ir "Oh, oh, oh!"
Quando você atira no céu aa ...
Baby, você é um fogo de artifício
Venha SLET suas cores explosão
Faça-me ir "Oh, oh, oh!"
Você vai deixar 'goin in "Oh, oh, oh!"
Boom, boom, boom
Ainda mais brilhante que a lua, lua, lua
Boom, boom, boom
Ainda mais brilhante que a lua, lua, lua ...
Musica Halo Beyonce
Tradução
Lembra daquelas paredes que construí
Bem, querido, elas estão desmoronando
E eles nem sequer colocar uma luta
Eles nem sequer fazer um som
Eu encontrei uma maneira de deixá-lo em
Mas eu realmente nunca tive dúvida
Permanente, à luz de sua auréola
Eu tenho meu anjo agora
É como se eu estivesse sido despertada
Toda regra que eu tinha você está quebrando
É o risco que eu estou dando
Eu nunca vou te deixar de fora
Todo lugar que eu estou olhando agora
Estou rodeada pela sua graça
Baby, eu posso ver sua auréola
Você sabe que é minha graça salvadora
Você é tudo que eu preciso e mais
Está escrito em seu rosto
Baby, eu posso sentir sua auréola
Oremos para que não desapareça
Eu posso sentir sua auréola (halo)
Eu posso ver sua auréola (halo)
Eu posso sentir sua auréola (halo)
Eu posso ver sua auréola (halo)
Woah ...
Me atingiu como um raio de sol
Queimando na minha noite escura
Você é a única que eu quero
Eu estou viciada em tua luz
Eu jurei que nunca iria cair novamente
Mas isso nem sequer sinto que estou caindo
A gravidade não pode esquecer
Para me colocar no chão outra vez
É como se eu estivesse sido despertada
Toda regra que eu tinha você está quebrando
É o risco que eu estou dando
Eu nunca vou te deixar de lado
Todo lugar que eu estou olhando agora
Estou rodeada pela sua graça
Baby, eu posso ver sua auréola
Você sabe que é minha graça salvadora
Você é tudo que eu preciso e mais
Está escrito em seu rosto
Baby, eu posso sentir sua auréola
Oremos para que não desapareça
Eu posso sentir sua auréola (halo)
Eu posso ver sua auréola (halo)
Eu posso sentir sua auréola (halo)
Eu posso ver sua auréola (halo)
Eu posso sentir sua auréola (halo)
Eu posso ver sua auréola (halo)
Eu posso sentir sua auréola (halo)
Eu posso ver sua auréola (halo)
Auréola, auréola
Todo lugar que eu estou olhando agora
Estou rodeada pela sua graça
Baby, eu posso ver sua auréola
Você sabe que é minha graça salvadora
Você é tudo que eu preciso e mais
Está escrito em seu rosto
Baby, eu posso sentir sua auréola
Oremos para que não desapareça
Eu posso sentir sua auréola (halo)
Eu posso ver sua auréola (halo)
Eu posso sentir sua auréola (halo)
Eu posso ver sua auréola (halo)
Eu posso sentir sua auréola (halo)
Eu posso ver sua auréola (halo)
Eu posso sentir sua auréola (halo)
Eu posso ver sua auréola (halo)
Você sabe que eu te amo Lu.
Poesias Criada por aluno
Amor em Fúria
Você foi o Meu Grande Amor
ou ao menos Pensei que Fosse
Levou Minha Vida e Meu Coração
Me deixando um Triste Vazio e uma Vasta Solidão
Oh! Se Tu Soubesse o Quanto Te Amo
Te Desejo e Te Quero.
Escritor: Adoaldo Mattos
Você foi o Meu Grande Amor
ou ao menos Pensei que Fosse
Levou Minha Vida e Meu Coração
Me deixando um Triste Vazio e uma Vasta Solidão
Oh! Se Tu Soubesse o Quanto Te Amo
Te Desejo e Te Quero.
Escritor: Adoaldo Mattos
Cazuza Exagerado
Romantismo contemporanio cantado pelo saudoso poeta e musico cazuza nos versos da musica exagerado
Meu Anjo, Escuta Gonçalves Dias
Meu Anjo, Escuta
Meu anjo, escuta: quando junto à noite
Perpassa a brisa pelo rosto teu,
Como suspiro que um menino exala;
Na voz da brisa quem murmura e fala
Brando queixume, que tão triste cala
No peito teu?
Sou eu, sou eu, sou eu!
Quando tu sentes lutuosa imagem
D'aflito pranto com sombrio véu,
Rasgado o peito por acerbas dores;
Quem murcha as flores
Do brando sonho? — Quem te pinta amores
Dum puro céu?
Sou eu, sou eu, sou eu!
Se alguém te acorda do celeste arroubo,
Na amenidade do silêncio teu,
Quando tua alma noutros mundos erra,
Se alguém descerra
Ao lado teu
Fraco suspiro que no peito encerra;
Sou eu, sou eu, sou eu!
Se alguém se aflige de te ver chorosa,
Se alguém se alegra co'um sorriso teu,
Se alguém suspira de te ver formosa
O mar e a terra a enamorar e o céu;
Se alguém definha
Por amor teu,
Sou eu, sou eu, sou eu!
Perpassa a brisa pelo rosto teu,
Como suspiro que um menino exala;
Na voz da brisa quem murmura e fala
Brando queixume, que tão triste cala
No peito teu?
Sou eu, sou eu, sou eu!
Quando tu sentes lutuosa imagem
D'aflito pranto com sombrio véu,
Rasgado o peito por acerbas dores;
Quem murcha as flores
Do brando sonho? — Quem te pinta amores
Dum puro céu?
Sou eu, sou eu, sou eu!
Se alguém te acorda do celeste arroubo,
Na amenidade do silêncio teu,
Quando tua alma noutros mundos erra,
Se alguém descerra
Ao lado teu
Fraco suspiro que no peito encerra;
Sou eu, sou eu, sou eu!
Se alguém se aflige de te ver chorosa,
Se alguém se alegra co'um sorriso teu,
Se alguém suspira de te ver formosa
O mar e a terra a enamorar e o céu;
Se alguém definha
Por amor teu,
Sou eu, sou eu, sou eu!
Canção do exílio
Canção do exílio
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."
Grandes Obras
- 1843: Canção do exílio
- 1843: Patkull
- 1846: Primeiros cantos
- 1846: Meditação
- 1846: O Brasil e Oceania
- 1848: Segundos Cantos
- 1848: Sextilhas de Frei Antão
- 1846: Seus Olhos
- 1857: Os timbiras
- 1851: I-Juca-Pirama
- 1858: Dicionário da Língua Tupi, chamada língua geral dos indígenas do Brasil
- 1859: Segura o Índio Louco
- 1997: Zica da Patagônia
Biografia do Escritor Gonçalves Dias
Nascido em Caxias, era filho de uma união não oficializada entre um comerciante português com uma mestiça cafuza brasileira (o que muito o orgulhava de ter o sangue das três raças formadoras do povo brasileiro: branca, indígena e negra), e estudou inicialmente por um ano com o professor José Joaquim de Abreu, quando começou a trabalhar como caixeiro e a tratar da escrituração da loja de seu pai, que veio a falecer em 1837.
Iniciou seus estudos de latim, francês e filosofia em 1835 quando foi matriculado em uma escola particular.
Foi estudar na Europa, em Portugal em 1838 onde terminou os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1840), retornando em 1845, após bacharelar-se. Mas antes de retornar, ainda em Coimbra, participou dos grupos medievistas da Gazeta Literária e de O Trovador, compartilhando das ideias românticas de Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Antonio Feliciano de Castilho. Por se achar tanto tempo fora de sua pátria inspira-se para escrever a Canção do exílio e parte dos poemas de "Primeiros cantos" e "Segundos cantos"; o drama Patkull; e "Beatriz de Cenci", depois rejeitado por sua condição de texto "imoral" pelo Conservatório Dramático do Brasil. Foi ainda neste período que escreveu fragmentos do romance biográfico "Memórias de Agapito Goiaba", destruído depois pelo próprio poeta, por conter alusões a pessoas ainda vivas.
No ano seguinte ao seu retorno conheceu aquela que seria sua grande musa inspiradora: Ana Amélia Ferreira Vale. Várias de suas peças românticas, inclusive “Ainda uma vez — Adeus” foram escritas para ela. Nesse mesmo ano ele viajou para o Rio de Janeiro, então capital do Brasil, onde trabalhou como professor de história e latim do Colégio Pedro II, além de ter atuado como jornalista, contribuindo para diversos periódicos: Jornal do Commercio, Gazeta Oficial, Correio da Tarde e Sentinela da Monarquia, publicando crônicas, folhetins teatrais e crítica literária.
Em 1849 fundou com Manuel de Araújo Porto-alegre e Joaquim Manuel de Macedo a revista Guanabara, que divulgava o movimento romântico da época. Em 1851 voltou a São Luís do Maranhão, a pedido do governo para estudar o problema da instrução pública naquele estado.
Gonçalves Dias pediu Ana Amélia em casamento em 1852, mas a família dela, em virtude da ascendência mestiça do escritor, refutou veementemente o pedido. No mesmo ano retornou ao Rio de Janeiro, onde casou-se com Olímpia da Costa. Logo depois foi nomeado oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Passou os quatro anos seguintes na Europa realizando pesquisas em prol da educação nacional. Voltando ao Brasil foi convidado a participar da Comissão Científica de Exploração, pela qual viajou por quase todo o norte do país.
Voltou à Europa em 1862 para um tratamento de saúde. Não obtendo resultados retornou ao Brasil em 1864 no navio Ville de Boulogne, que naufragou na costa brasileira; salvaram-se todos, exceto o poeta que foi esquecido agonizando em seu leito e se afogou. O acidente ocorreu nos baixios de Atins, perto da vila de Guimarães no Maranhão.
Sua obra pode ser enquadrada no Romantismo. Procurou formar um sentimento nacionalista ao incorporar assuntos, povos e paisagens brasileiras na literatura nacional. Ao lado de José de Alencar, desenvolveu o Indianismo.Por sua importância na história da literatura brasileira, podemos dizer que Gonçalves Dias incorporou uma ideia de Brasil à literatura nacional.
Iniciou seus estudos de latim, francês e filosofia em 1835 quando foi matriculado em uma escola particular.
Foi estudar na Europa, em Portugal em 1838 onde terminou os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1840), retornando em 1845, após bacharelar-se. Mas antes de retornar, ainda em Coimbra, participou dos grupos medievistas da Gazeta Literária e de O Trovador, compartilhando das ideias românticas de Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Antonio Feliciano de Castilho. Por se achar tanto tempo fora de sua pátria inspira-se para escrever a Canção do exílio e parte dos poemas de "Primeiros cantos" e "Segundos cantos"; o drama Patkull; e "Beatriz de Cenci", depois rejeitado por sua condição de texto "imoral" pelo Conservatório Dramático do Brasil. Foi ainda neste período que escreveu fragmentos do romance biográfico "Memórias de Agapito Goiaba", destruído depois pelo próprio poeta, por conter alusões a pessoas ainda vivas.
No ano seguinte ao seu retorno conheceu aquela que seria sua grande musa inspiradora: Ana Amélia Ferreira Vale. Várias de suas peças românticas, inclusive “Ainda uma vez — Adeus” foram escritas para ela. Nesse mesmo ano ele viajou para o Rio de Janeiro, então capital do Brasil, onde trabalhou como professor de história e latim do Colégio Pedro II, além de ter atuado como jornalista, contribuindo para diversos periódicos: Jornal do Commercio, Gazeta Oficial, Correio da Tarde e Sentinela da Monarquia, publicando crônicas, folhetins teatrais e crítica literária.
Em 1849 fundou com Manuel de Araújo Porto-alegre e Joaquim Manuel de Macedo a revista Guanabara, que divulgava o movimento romântico da época. Em 1851 voltou a São Luís do Maranhão, a pedido do governo para estudar o problema da instrução pública naquele estado.
Gonçalves Dias pediu Ana Amélia em casamento em 1852, mas a família dela, em virtude da ascendência mestiça do escritor, refutou veementemente o pedido. No mesmo ano retornou ao Rio de Janeiro, onde casou-se com Olímpia da Costa. Logo depois foi nomeado oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Passou os quatro anos seguintes na Europa realizando pesquisas em prol da educação nacional. Voltando ao Brasil foi convidado a participar da Comissão Científica de Exploração, pela qual viajou por quase todo o norte do país.
Voltou à Europa em 1862 para um tratamento de saúde. Não obtendo resultados retornou ao Brasil em 1864 no navio Ville de Boulogne, que naufragou na costa brasileira; salvaram-se todos, exceto o poeta que foi esquecido agonizando em seu leito e se afogou. O acidente ocorreu nos baixios de Atins, perto da vila de Guimarães no Maranhão.
Sua obra pode ser enquadrada no Romantismo. Procurou formar um sentimento nacionalista ao incorporar assuntos, povos e paisagens brasileiras na literatura nacional. Ao lado de José de Alencar, desenvolveu o Indianismo.Por sua importância na história da literatura brasileira, podemos dizer que Gonçalves Dias incorporou uma ideia de Brasil à literatura nacional.
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